segunda-feira, 19 de março de 2012

1 mês



Meu garotão já tem mais de um mês (fez no dia 10) e quase não estou tendo tempo para aparecer por aqui. A verdade é que só fico no computador quando estou amamentando e escrever um post com uma mão só é meio complicado. Nos raros momentos em que o Rafael está dormindo sempre aproveito para comer, tomar banho e dormir, coisas que é impossível de se fazer quando ele está acordado. Hoje abri uma exceção e estou postando durante o sono dele (e me privando do meu).
Pois bem, hoje vou falar um pouco da rotina dele e do que estamos aprendendo juntos. No primeiro mês de nascido era algo mais ou menos assim: quando não estava dormindo (pouco), estava mamando e quando não estava mamando, estava dormindo (pouco). Essa rotina acarretou em olheiras de panda na mamãe (pois ele dormia no máximo 2 horas direto umas 3 vezes por dia) e aparência de zumbi. Recém-nascidos mamam muito mesmo e ele ainda tinha o agravante da hipoglicemia e da prematuridade, que o fazia mamar acima da média para ganhar peso e ficar mais fortinho. A pediatra, sabendo disso, havia me receitado o NAN 1, mas disse que se eu aguentasse sustentar ele só no peito não precisava dar. Eu achava que se desse o NAN seria incompetente com meu filho e tinha na cabeça a ideia de dar somente leite materno em livre demanda até os seis meses, mas, depois de quase um mês, estava vendo que isso estava comprometendo os cuidados com meu filho. Houve um dia em que eu não consegui trocar uma fralda (papai ajudou) e logo após tive uma crise de choro de tanto cansaço. Me rendi ao NAN, dou no máximo duas mamadeiras por dia e isso melhorou demais a minha vida. Dizem que dar mamadeira prejudica o aleitamento materno, que depois o bebê fica com preguiça de sugar, mas essa regra não se aplica ao Rafael; o menino é tão esfomeado que bebe a mamadeira e ainda passa a maior parte do dia mamando no peito.

Em um mês ocorreram algumas mudanças:
  • Antes, como eu disse, enquanto ele estava acordado, estava mamando e agora já fica acordado quietinho, no colo das pessoas ou na cadeirinha olhando para os lados e colocando a mão na boca (o que, às vezes, pode ser um sinal de fome). Adora ficar deitadinho no peito do papai.

  • Já acompanha movimentos com os olhos, se colocado em frente à televisão fica parado olhando encantado.
  • Saiu do hospital com 2,100kg e 43cm e na última consulta (um dia antes de fazer um mês) estava com 2,995kg e 48cm. Tenho certeza que agora está com bem mais, considerando que na última semana parece ter crescido e desenvolvido na velocidade da luz.
  • Está mais firme e durinho. Hoje me surpreendeu ao se apoiar nos cotovelos, de bruços no colo do papai, e levantar a cabeça como um rapazinho. Fiquei tão impressionada que chorei de emoção (coisa de mãe boba, eu sei) e esqueci de pegar a câmera pra bater uma foto.
  • Recebe beijos apaixonados da mamãe o tempo todo e mostra satisfação, deixando escapar uns sorrisinhos de vez em quando. <3

quarta-feira, 7 de março de 2012

E ele chegou.

No dia 10 de fevereiro de 2012, com 2,425kg e 43cm às 13:57 nascia Rafael Rodrigues Lima de Macedo. Com ele, nascia uma nova Carolina.

Dia 8 de fevereiro fui ao hospital para uma consulta de rotina. Chegando lá, a obstetra me examinou e disse que eu tinha tudo para um parto normal e que em breve o Rafael estaria chegando, só que não esperávamos que seria tão breve. Depois da consulta fui fazer uma ultrassonografia, que constatou que Rafael havia parado de crescer. Minha gestação era de 37 semanas e o tamanho dele era compatível com uma gestação de 33 semanas. Os médicos se reuniram e vieram me dar a notícia: eu seria internada naquele momento e o parto seria feito em breve. Passei esse dia e o seguinte no hospital fazendo exames e monitorando a evolução dele, quando foi constatado que ele não cresceria mais e que seria mais fácil crescer fora da barriga do que dentro.
No dia 10 de fevereiro, assim que acordei colocaram um aparelho para monitorar os batimentos cardíacos do Rafael, esse aqui:


Logo depois me encaminharam para uma nova ultrassonografia. Essa ultrassonografia foi a que me deixou mais nervosa, pois o médico constatou que o tamanho do fêmur dele era compatível com uma gestação de 31 semanas. "Delicadamente" o médico disse que a perninha do meu filho era curta demais, o que me deixou (desnecessariamente) preocupada e nervosa demais. Depois de uma breve reunião da equipe, sem cerimônias, a enfermeira disse para eu subir para o meu quarto e me preparar para o parto. Chegando no quarto já estavam me esperando para me levar ao centro cirúrgico, ou seja, a parte do "me preparar" foi pulada. Fui tremendo, chorando e imaginando se teria algo de errado com o meu filho.
Na sala de pré-parto me deixaram no soro enquanto esperavam o anestesista para a cesárea. Quando o anestesista chegou me levaram até a sala de cirurgia, onde fui muito bem tratada pela equipe. Começou o procedimento e percebi que a anestesia demorou um pouco para pegar. Fizeram alguns testes e, quando acharam que a anestesia estava realmente fazendo efeito, começaram a cirurgia. No início não senti dor alguma, mas logo depois senti uma dor insuportável. O efeito da anestesia foi superficial e a partir da camada muscular senti todos os cortes. Não havia o que fazer e só podiam dar a anestesia geral depois de tirar o bebê. Foi tudo muito rápido, ouvi o choro do Rafael e a dor já não era mais tão importante assim. Perguntei ao médico: "O meu bebê está bem?" e ele disse "Seu bebê é lindo e perfeito, mas agora você vai dormir". Apaguei.
Quando estava UTI me recuperando, Marcelo veio e disse que Rafael era lindo e nasceu perfeito. Não precisou ficar em encubadora e só estava na UTI Neonatal fazendo alguns exames por causa do baixo peso e esperando a mamãe dele subir para o quarto. Então, ele pegou o celular e me mostrou a seguinte foto:


Era o bebê mais lindo do mundo. O meu maior desejo naquele momento era poder abraçar, cuidar, amamentar...
Subi para o quarto, o anestesista veio conversar comigo e com a minha mãe e se desculpar pelo ocorrido. Segundo ele, o problema foi com o medicamento, que poderia estar adulterado. Ele disse que em 20 anos de profissão isso nunca tinha ocorrido e que iria averiguar a situação.
Logo depois, meu Rafael chegou no quarto. Não tenho palavras para descrever a emoção que foi encontrar meu filho, tão lindo, tão saudável... Era um bebê diferente. Como muitos disseram, ele não tinha "cara de joelho" como a maioria dos recém-nascidos. Era perfeito!


Ele teve um probleminha de hipoglicemia que o fez ter que ficar um dia a mais internado, mas com a ajuda do suplemento, logo a situação normalizou. Quando recebeu alta, somente o leite materno já era suficiente.


Assim Rafael chegou ao mundo e deu um novo sentido à minha vida. Encontrei a felicidade nesses olhinhos de filhote.
Te amo muito, meu filho, mais do eu imaginava que poderia amar na vida!